Havendo duas vontades contrapostas que seriam uma irrepreensível e a outra questionável, o que acabou por interessar verdadeiramente é que, acontecendo com toda a certeza disparate complementado por uma ideia bem fundamentada, revelou-se a hesitação em aplicar bom senso e discernimento para saber qual seria qual e em que afiguração deveria surgir uma perante a outra.
Foi na senda desse problema que se tentou promover discussões instruídas, delineação de critérios criteriosos e até meditação metafísica. Pois que nada disto iria concretizar o que quer que fosse, mantendo-se tudo no campo da abstracção.
Até que se rejeitou o Ego para deixar de ser na primeira pessoa, sendo que essas vontades contrapostas passaram a achar-se na posse do interesse do colectivo. Pretendia-se, assim, dizer adeus ao denominado assédio d’Alma. Adeus àquelas vontades, uma irrepreensível e a outra questionável, sem saber qual seria qual. E o adeus às irresoluções do passado.
Venho agora confessar que isto não durou muito tempo. Uns segundos da vida até.
A razão foi que acabei por ter tanto gozo no esforço de consumar a dúvida que não poderia deixá-la assim em mãos alheias.
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