Tuesday, September 09, 2008

Geada

Uma geada que queimava era alvo de delírio incondicionado. Tudo branco em surdina de Paz verdadeira (em looping). De vez o corpo abate-se em ausência de novidade. As memórias retornam ao mundo do que foi distorcido por elas próprias que já não são. Imagens de imagens de imagens de imagens e de imagens. Finalmente o facto único e real. À paz da alma. E do espírito. De corpo sem conteúdo esventrado pela geada. Mais forte do que a pele. Do que os órgãos. Do que os ossos que se apercebem despedaçados incólumes e submissos à branquidão mais sublime.